BOCA SURDA
Minha boca cansada e semi-nua, que
Busca escancarada no proscênio da
Vida a paz não encontrada em cantos
Oprimidos, em visões destorcidas.
Minha boca que esbraveja, que ceifa,
Que clama, que profana em versos,
Que jaz nos escombros fétidos da
Esperança, que busca guarida no não
Existir dos ''fortes.''
Minha boca que dilacera teus beijos,
Que perdoa, que *acoa, que *ecoa em
brados Tímidos palavras mentirosas; que
Aprova, que desaprova, que delata a
Fome dos incrédulos.
Minha boca mordida, sequita, que a mídia
Explora, que implora, que chora, que
Suga com palavras a sede dos injustiçados;
Que inane morre sem realizar sonho.
Minha boca cansada e semi-nua, que
Busca escancarada no proscênio da
Vida a paz não encontrada em cantos
Oprimidos, em visões destorcidas.
Minha boca que esbraveja, que ceifa,
Que clama, que profana em versos,
Que jaz nos escombros fétidos da
Esperança, que busca guarida no não
Existir dos ''fortes.''
Minha boca que dilacera teus beijos,
Que perdoa, que *acoa, que *ecoa em
brados Tímidos palavras mentirosas; que
Aprova, que desaprova, que delata a
Fome dos incrédulos.
Minha boca mordida, sequita, que a mídia
Explora, que implora, que chora, que
Suga com palavras a sede dos injustiçados;
Que inane morre sem realizar sonho.