Os Gritos
Quero gritar,
Sou louco por curiosidade.
Raiva me aparenta,
O medo de enfrente,
O ciúmes de afronta;
Preciso gritar.
Quero gritar,
Soltar os meus fantasmas junto a saliva.
Jogar meu braço para cima acusando-o de meus problemas.
Ainda xingando sem entender o acontecido.
Parece um tampão preto em meus olhos,
Não vejo a rua,não vejo mãe,não vejo cruz;
Só vejo que preciso gritar.
Sou maluco;
Amo gritos e escândalos.
Prece que eles me vendem uma virgula,
Para a continuação de minhas poesias.
Sou maluco, sou poeta;
Amo gritos.
Respirar,alongar,correr,
Sò me fazem ficar vermelho e tremer,
O odio escuro me corroe.
As babaquices entram em meus ouvidos;
Só me dão pranto enraivecido.
O que eu preciso é gritar.
Olhos molhados e inchados;
Mãos ainda pra cima abertas e joelho no milho.
Sofrimento idiota é o nome da cena;
E gritos.
Inumeras onomatopéias expressas,
Era o que eu queria,o que eu aspirava.
Os gritos.
Twitter:@caetanoabeltran
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