O CARRASCO E A LUZ
Eu penso ter feito um silêncio gritante
Assustando todos os demônios
Esses Doentes egocêntricos Semi-Deuses
E vê se não berra aos pés dos meus ouvidos?
Eu estou beirando a gota
Num foco, desfocando qualquer limite enfoque
Uma espécie de auto-iluminísmo
Estou escutando barulhos
Dói, eu não sei dizer, dói!
Uma profundidade, eu vejo a loucura de perto
Eu estou fora do eixo
Redutível, eu sou o eco desse grito
Torto,desprezivel, castigado
Mostre a sua cara carrasco?
Venha como quiser
Sinto o mau cheiro,sinto estar próximo
Meu pescoço arrepia
Meu corpo esvazia agora
Eu vou morrer essa magia
Morrer esse feitiço
Eu vou matar e morrer
Mas não deixarei a maldade reinar
Eu sou o senhor,
Eu não vou permitir mais um corte
É vermelha a gota da lágrima
Transbordante o rio bordô
Parece claro que me banha a escuridão
A cabeça que chaqualha, o corpo reage
Minha saliva, seca
Sou filho de nada
Eu não irei enlouquecer
Pode ser que eu confesse
Façamos um trato?
Liberte a minha cabeça
Quero eu comanda-la
E poderá corta-la
O que me importa sobre a minha defesa
É perder a cabeça, mas não perder a razão
Recuperar a alma e lava-la
Leva-la comigo e resgatar a minha paz
Pois não ouse Acender a luz
Eu não quero que me toque.