Doce Bandida

Não existe diferença entre a moça que galopa nos campos atrás de uma reis desgarrada

E a moça que cavalga no teu corpo em plena madrugada

Uma usa jeans e chapéu

A outra usa a sedução e é doce como o mel

Ambas são exímias amazonas e se chamam Raquel

É meia noite em meio dia

A seu modo cada uma delas faz poesia

São indomáveis diante dos olhos de um homem

Não são gêmeas nem são clone

No coração foram brutalmente feridas

Durante o dia uma moçinha

Que a noite se transforma numa bandida

A mesma menina que olha encantada o velho ipê florescer

É a mesma mulher que te proporciona prazer e jura que não vai te esquecer

As duas são livres como lebres

Tornam o dia leve e a noite provocam febre

Estão juntas onde quer que vão

São a inocência e a tentação

É a alma selvagem demais

Que habita e queima o corpo da moça de Batatais...

Raquel Cinderela as Avessas
Enviado por Raquel Cinderela as Avessas em 31/08/2010
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