Doce Bandida
Não existe diferença entre a moça que galopa nos campos atrás de uma reis desgarrada
E a moça que cavalga no teu corpo em plena madrugada
Uma usa jeans e chapéu
A outra usa a sedução e é doce como o mel
Ambas são exímias amazonas e se chamam Raquel
É meia noite em meio dia
A seu modo cada uma delas faz poesia
São indomáveis diante dos olhos de um homem
Não são gêmeas nem são clone
No coração foram brutalmente feridas
Durante o dia uma moçinha
Que a noite se transforma numa bandida
A mesma menina que olha encantada o velho ipê florescer
É a mesma mulher que te proporciona prazer e jura que não vai te esquecer
As duas são livres como lebres
Tornam o dia leve e a noite provocam febre
Estão juntas onde quer que vão
São a inocência e a tentação
É a alma selvagem demais
Que habita e queima o corpo da moça de Batatais...