O Sonho Torto
Eis que vejo um sonho torto
Covarde, voraz e calado
Um sonho triste
Permanecente do futuro
Estrelas que se perdem
Em pequenos olhos cegos
Na calma do pensamento
Que não teme a cura
O claro vazio nos permite
O ofegar das horas vagas
O extermínio dos corpos fechados
O abrir das mãos vazias
O caminhar na estrada escura
O medo e a penumbra
Os passos no triste impacto
Dos sonhos que descobrem os dias