A primeira vez de um assassino

Sinto o meu coração pulsar em uma batida veemente.

O sangue que corre nas minhas veias é quente.

O sentimento que me toma me corrói,

A dor que eu sinto aqui dentro dói.

Atravesso a esquina. O olhar fixo nela.

Como podia ser tão vil. Como podia ser tão bela.

A escuridão da noite deixa tudo mais interessante.

O vazio das ruas torna tudo mais excitante.

A pego por trás. Nossos corpos estão colados.

Suspiros, gemidos, gritos. O calor da noite nos deixa molhados.

Respiração ofegante, movimentos frenéticos de vai-vem.

Ah! A dor que ela sentia me fazia tão bem!

A respiração ofegante cessa. Tiro minha mão de seu pescoço suado.

O corpo dela, agora frio, jaz no chão estatelado.

Não a conhecia. Nunca a vi. Só queria com ela experimentar

A inexplicável e prazerosa sensação de poder matar.

WSouza
Enviado por WSouza em 22/08/2010
Reeditado em 22/08/2010
Código do texto: T2451904
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