A primeira vez de um assassino
Sinto o meu coração pulsar em uma batida veemente.
O sangue que corre nas minhas veias é quente.
O sentimento que me toma me corrói,
A dor que eu sinto aqui dentro dói.
Atravesso a esquina. O olhar fixo nela.
Como podia ser tão vil. Como podia ser tão bela.
A escuridão da noite deixa tudo mais interessante.
O vazio das ruas torna tudo mais excitante.
A pego por trás. Nossos corpos estão colados.
Suspiros, gemidos, gritos. O calor da noite nos deixa molhados.
Respiração ofegante, movimentos frenéticos de vai-vem.
Ah! A dor que ela sentia me fazia tão bem!
A respiração ofegante cessa. Tiro minha mão de seu pescoço suado.
O corpo dela, agora frio, jaz no chão estatelado.
Não a conhecia. Nunca a vi. Só queria com ela experimentar
A inexplicável e prazerosa sensação de poder matar.