BREU
Alma noturna, perdida,
Revolta-se insofrida,
No prenúncio da manhã,
Como insana guerreira se lança,
Contra os "anjos" de plantão,
Mas, logo tomba feito criança,
Indefesa no frio do chão,
De tão injusta luta – vã,
Alma que se derrama,
Sobre a flama,
Amarrotada, recolhida,
Inútil tenta buscar,
No espelho anexo,
O seu reflexo,
Tenta se encontrar,
Alma poética cinge,
O contorno de pavor,
Ante o olhar de esfinge,
Finge assimilar a dor,
Sabe que a morte é o limite,
Alma; enquanto existe,
Agradece à vida.
Alma noturna, perdida,
Revolta-se insofrida,
No prenúncio da manhã,
Como insana guerreira se lança,
Contra os "anjos" de plantão,
Mas, logo tomba feito criança,
Indefesa no frio do chão,
De tão injusta luta – vã,
Alma que se derrama,
Sobre a flama,
Amarrotada, recolhida,
Inútil tenta buscar,
No espelho anexo,
O seu reflexo,
Tenta se encontrar,
Alma poética cinge,
O contorno de pavor,
Ante o olhar de esfinge,
Finge assimilar a dor,
Sabe que a morte é o limite,
Alma; enquanto existe,
Agradece à vida.