irrealidade poética

Você é irreal

São horas que giram ao contrário

Seu sol fazia companhia para minha lua

Você é irreal

Parte é holograma e

Outra parte são reticências invisíveis

Não me condene por sua dor e sorte...

Não pertencemos ao mesmo lugar,

E, nem a mesma estória...

No fio da navalha, existe de um lado o caos

E do outro, o abismo de emoções

Emaranhadas por fatos absolutos e inferiores.

A intensidade de seu ser está entardecendo

Sangrando por varizes,

Expelindo gases tóxicos,

Perdendo o foco

nas visões duplas e dúbias...

Você é palpável mas é irreal

Está pronto e incompleto

Suscetível e inacessível

Você é um esquecimento recorrente

Você é um jazz chorando melodramas no

Ipod

E que nem pode me fazer voltar atrás

A estrada lá fora roda na velocidade da luz

E quando chegam os raios, os trovões envelheceram

As chuvas híbridas e ácidas

Corroeram as janelas...

queimaram o oxigênio

E, lembrar daquele amor

É lembrar da asfixia profunda do armário,

Do ego contido entre frases banais

Em manhãs improváveis...

Repletas de fantasias sociais.

Sentia a loucura percorrer

o corpo em sentinela poética.

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 14/08/2010
Código do texto: T2438663
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.