irrealidade poética
Você é irreal
São horas que giram ao contrário
Seu sol fazia companhia para minha lua
Você é irreal
Parte é holograma e
Outra parte são reticências invisíveis
Não me condene por sua dor e sorte...
Não pertencemos ao mesmo lugar,
E, nem a mesma estória...
No fio da navalha, existe de um lado o caos
E do outro, o abismo de emoções
Emaranhadas por fatos absolutos e inferiores.
A intensidade de seu ser está entardecendo
Sangrando por varizes,
Expelindo gases tóxicos,
Perdendo o foco
nas visões duplas e dúbias...
Você é palpável mas é irreal
Está pronto e incompleto
Suscetível e inacessível
Você é um esquecimento recorrente
Você é um jazz chorando melodramas no
Ipod
E que nem pode me fazer voltar atrás
A estrada lá fora roda na velocidade da luz
E quando chegam os raios, os trovões envelheceram
As chuvas híbridas e ácidas
Corroeram as janelas...
queimaram o oxigênio
E, lembrar daquele amor
É lembrar da asfixia profunda do armário,
Do ego contido entre frases banais
Em manhãs improváveis...
Repletas de fantasias sociais.
Sentia a loucura percorrer
o corpo em sentinela poética.