Silhueta

Alma fria silhueta que vaga

em noites insones...

Invoca o poder das runas,

Adivinha amores

canta previsões...

No vento insubmisso cavalga em

riso ensandecido voando em seu

manto esvoaçante cantando

o tempo que adormece incorporado

à noite pintando a escuridão

com sanidade da luz e as cores do amor.

Libera todas as Marias que lhe habitam

emprestando seu corpo alheio, cativo

transfigurado em alma cuja a posse

só o poeta será capaz de sentir.