Não esperem de mim...
Não esperem de mim
as palavras otimistas
ou camisas coloridas
que agradam a mente dos hipócritas,
porque eu vi a Fúria holocáustica
que range os dentes sobre os templos...
Não esperem de mim
os poemas humorísticos
ou louvores pró-políticos
que enfeitam a boca dos fingidos,]
porque eu vi a Bruxa cataclísmica
atrás dos risos dos desastres...
Não esperem de mim
as tiradas de alto astral
ou tributos ao normal
que cantam: “tudo vai tão bem”,
porque eu vi o Olho catastrófico
se abrindo no correr dos anos...
Não esperem de mim
esperanças no moderno
ou que me curve ao que é “certo”
que encanta os gozos dos “senhores”,
porque eu vi o Corvo Majestático
ardendo em febre no futuro...