Olhos vendados...



Passam -se horas, dias

Mas não passam as fantasias
Muito menos dos sonhos, a esperança
De escrever felicidade em minhas poesias...

A prisão que estagna e oprime
Não é de minha vida a sina...
Pois Deus, a liberdade nos deu
Pra tirarmos da vida, paz, amor, e alegria...

Se em meu caminho
Um algoz, de príncipe se fazia
E eu de olhos vendados, não via
Por certo eu merecia, viver um tempo em agonia...

Ao receber dos beijos, o absinto
Entre correntes do labirinto,
Trancas de cadeados o meu corpo prendia...
Ainda assim,  meu espírito, do corpo saía...

E como águia, livre voava
Nos mais altos picos pousava
Trazia energia, à matéria que padecia...
Se não tinha alegria, de tristeza também não morria...

Versejo no pretérito, os verbos do presente
Não confundam ilusão, com algo inconsequente...
Ludibriando a dor, respiro e absorvo vitória
Continuo sonhando, não me acordem agora...



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