O Libertino
Estrada esgrime percorre
Em partes esguias
Te fazes rastejar
De tal cabulando
Ouço o uivado em lentas
Paisagens ao amanhecer
Em que passa pelo mastro
Sagas, o poder da liberdade
Em que pensares no ato
Da relva é transportado
Ao aroma do pecado
Tal este que consome
A alma de um mortal
Triste, es teu olhar
Em delicados passos
De um errante amante
Lágrimas que convencem
Ao preço da carne
Ô lamento encantador
Que soa como sinfonia
Ao meu clamor
Podes, ao fogo
E ao ardor da imensidão
Das alucinações
Em dor se veja
O pagável reembolso
De uma vida
Em gestos lamento
O que a carne já
Não a tem
Latentes feridas
Que o consomem
Conde, o que te
Fazias o liberto
Em sua masmorra
Deleita-se a sós
Passagem dos arcos
Da estrada do eterno
Mastro.
Escrevi ouvindo Vivaldi - Largo. Aqui está a minha reverência ao personagem de Jonhnny Depp, o Conde de Rochester, do filme O libertino.
..........Emiliene M. Leite.