O Libertino

Estrada esgrime percorre

Em partes esguias

Te fazes rastejar

De tal cabulando

Ouço o uivado em lentas

Paisagens ao amanhecer

Em que passa pelo mastro

Sagas, o poder da liberdade

Em que pensares no ato

Da relva é transportado

Ao aroma do pecado

Tal este que consome

A alma de um mortal

Triste, es teu olhar

Em delicados passos

De um errante amante

Lágrimas que convencem

Ao preço da carne

Ô lamento encantador

Que soa como sinfonia

Ao meu clamor

Podes, ao fogo

E ao ardor da imensidão

Das alucinações

Em dor se veja

O pagável reembolso

De uma vida

Em gestos lamento

O que a carne já

Não a tem

Latentes feridas

Que o consomem

Conde, o que te

Fazias o liberto

Em sua masmorra

Deleita-se a sós

Passagem dos arcos

Da estrada do eterno

Mastro.

Escrevi ouvindo Vivaldi - Largo. Aqui está a minha reverência ao personagem de Jonhnny Depp, o Conde de Rochester, do filme O libertino.

..........Emiliene M. Leite.

Leny Ny
Enviado por Leny Ny em 03/08/2010
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