...Cercanias...

Sou o além, feito desejo sem graça,

Um misterioso silêncio que atrai.

Preguiçoso despertar, bocejos de ilusões.

Enfim, tomo o alarde das vias que aprendi andar sozinho.

[Sozinho e sempre, sozinho]

Os monumentos me chamam ao prazer da vista, o olhar!

Na cegueira da violência urbana, a Iris da vida deu-me o escuro eterno,

E como errante, de tão pura que és, calam-se ao te ver passar as neblinas.

E sitiado abrigo teu peito, outrora ferido de tanto amar.

Sou as cercanias secas, a estrada afora, sou eu o andar.

Ivanildo Teodósio
Enviado por Ivanildo Teodósio em 25/07/2010
Código do texto: T2399058
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