SEM LIMITES

O minuto que passa já faz mais velha a hora
E o tempo transpassa os anseios da alma
Na pele o sulco feito na quietude das desoras
Desassossega-me e me faz perder a calma.

Ontem eu tinha a benção da inocência
E meus sonhos tinham asas de aço
Mas perdi, entre escalas, minha santa paciência
E nada mais me satisfaz nesse sufocante espaço.

Nem sei se o que desejo tem nome e é real
Busco algo maior, melhor, intenso, sensacional...
São emoções nunca por mim vividas
São desejos prementes desta alma incontida.

Quero agarrar o ilimitado entre as horas que se vão
Quero desprender, do corpo, correntes e laços
Não quero ver minha alma como sombra no espaço
Preciso voar... voar... tirar meus pés do chão!

Agarrar sensações totalmente desconhecidas
Talvez uma verdade inventada
Que pode até não me levar a nada
Mas que mobilize adrenalina e emoção
Mesmo que me arrisque à vertiginosa queda
E parta em pedaços meu coração!