...Há dor
...A dor que transpassa minha carne
Fatigando minha alma, destruindo,
Todos os resíduos orgânicos existentes em mim
Deixando toda parte química comandar
E, me vejo máquina insana a declamar
O que hoje, até, então, claro e objetivo torna-se.
Obscuro e sem rumo.
A dor que transpassa minha carne
É dor que mata do amanhecer ao entardecer
Dor que grita no silêncio de tua casa
Verdade desvairada que urrar na tua mente demente
A dor que transpassa minha alma
É da ausência da tua voz
Da ausência da tua mão
Da falta da complexidade encontrada
Em cada palavra por ti proferida
A dor que transpassa minha alma
É dor
Dor de saber
Que na vida tudo passa
Saber que não mim encontro
No estado normal
A dor que transpassa minha alma
Lamenta por tudo
Exatamente tudo
Ter ficado banal
E eu grito você no meu
Quintal,
Me livre de todo mau.