Fim da linha


 
Quando a aflição domina o coração
E a gente sente que as forças findaram
A esperança e a vontade de viver se vão...
Fim da linha...
Assim perdida... Não sou ninguém...
 
No peito
Constante amargura e dor
Não me reconheço
Nada de mim restou...
Sou trapo ambulante
Vivendo a agonia do fim dos dias...
 
Noites de terror constantes e infindas
Como se a meta fosse enlouquecer
A frágil menina
Que cresceu
Mas é criança ainda...
 
Nesta existência não conheci o medo
Pulei abismos
Atravessei tempestades...
Sorri
Chorei
Sofri
Amei
Também fui amada...
Aos trancos e barrancos continuei na estrada...
 
Agora vejo a Flor nessa vida titubear
O laço que me laçou
Arrocha e apavora
Aos poucos a vida se esvai...
O trem passou
E esmagou a Flor de outrora...




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