Velha amiga consciência
No início me veio à falta,
A amarga dor do cavo.
O sentido em navalha,
A rasgar o conceito retorcido!
Em seguida o temor,
De uma vida tão vazia,
A tristeza e o torpor
De uma mente em derrocada.
Por fim me veio à estrada,
Velha amiga consciência.
A depurar o que há de ruim
A me despir da dependência.
A me dizer como viver,
Sem cometer tal insolência,
De o fim tirano acolher,
Cometendo a distanásia.
De minha mente e meu ser,
Privando-me de me suster!
Rio de Janeiro, 8 de junho de 2009.