Velha amiga consciência

No início me veio à falta,

A amarga dor do cavo.

O sentido em navalha,

A rasgar o conceito retorcido!

Em seguida o temor,

De uma vida tão vazia,

A tristeza e o torpor

De uma mente em derrocada.

Por fim me veio à estrada,

Velha amiga consciência.

A depurar o que há de ruim

A me despir da dependência.

A me dizer como viver,

Sem cometer tal insolência,

De o fim tirano acolher,

Cometendo a distanásia.

De minha mente e meu ser,

Privando-me de me suster!

Rio de Janeiro, 8 de junho de 2009.

Well Calcagno
Enviado por Well Calcagno em 18/07/2010
Código do texto: T2385561
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