E se fosse ópio?
Fecho a porta,
nada é eterno.
Eu queria um longo repouso,
talvez o mar,
talvez o inferno.
Abro a porta de madrugada,
corro para longe...
É inverno!
Fecho os olhos,
nada é real.
Estou entre o sonho e o esquecimento...
Talvez a urgência,
talvez o mau.
Abro os olhos em silêncio,
cada vez mais perto
do que fujo sempre.
E o que em minha porta entra,
nada mais é que o vento.