A morte do poeta...
Na falta de sentimmento
O poeta morreu
E foi visitar o universo
Em seus confins incertos.
E tudo era tão longe...
Mas tão longe,
E ele nunca mais voltou.
E agora, no verso,
Mas não no verso,
No verso do verso,
No avesso do avesso,
Do avesso do avesso
Do qual falou Caetano,
Ele escreve o Anti-verso
Deslivre, desrimado,
Dessonético,
Dissonantemente
Desconexo.
Gritos de silêncio
Que encantam a deusa,
A musa música,
Que de madrugada
Geme na "efe eme"
Coisas que, em dia claro,
Não adianta gemer.
Pois ali reina um certo "nejo"
Que dá um certo nojo
De ser sertanejo.