A morte do poeta...

Na falta de sentimmento

O poeta morreu

E foi visitar o universo

Em seus confins incertos.

E tudo era tão longe...

Mas tão longe,

E ele nunca mais voltou.

E agora, no verso,

Mas não no verso,

No verso do verso,

No avesso do avesso,

Do avesso do avesso

Do qual falou Caetano,

Ele escreve o Anti-verso

Deslivre, desrimado,

Dessonético,

Dissonantemente

Desconexo.

Gritos de silêncio

Que encantam a deusa,

A musa música,

Que de madrugada

Geme na "efe eme"

Coisas que, em dia claro,

Não adianta gemer.

Pois ali reina um certo "nejo"

Que dá um certo nojo

De ser sertanejo.

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 12/07/2010
Reeditado em 12/07/2010
Código do texto: T2373505
Classificação de conteúdo: seguro