A salvo
Era quase noite...
Agora, olho teus trapos!
Tudo era tão comum,
Sorrisos tristonhos
Que não diziam nada,
Eu, você, os ratos...
Não sabias onde pisavas.
Sua cara doentia...
Era quase noite,
Antes da noite que ainda era dia.
Você dava um passo e caia.
(A hora certa então, eu já sabia!)
Enquanto a tua voz gritava
Longe de tudo que pode ser tocado,
o sopro do dissabor
da linha tênue que é a vida
(atmosfera longínqua)
Desaparece precisa
como esta tarde,
de um vermelho
doce e calmo
Já é noite,
Estou a salvo!