Alma Dilacerada
Iriam me notar se eu pulasse da laje,
quebrasse meu crânio e meu encéfalo
saísse da caixa craniana! Ah! Iriam!...
Talvez se eu pegasse essa peixeira de cabo preto
e a cravasse em meu peito
ou se cortasse os pulsos com ela,
enquanto vivo esta solidão dos infernos
que ninguém sente ou vê,
para verem a agonia do meu corpo;
porque os seres insensíveis
deste planeta mórbido
não conseguem enxergar que minha alma
está dilacerada.