LOUCURA
(Sócrates Di Lima)


Sou louco,
Não compactuo com a normalidade.,
A loucura pouco a pouco,
Faz-me viver de verdade.

A sanidade é para quem ñunca amou,
Para quem nunca sonhou.,
Para quem se abandonou,
E sem amor, na vida fracassou.

Sou louco...sem salvação.
Uma metamorfose irracional.,
Um camaleão,
Mutante sem vínculo com o normal. 

A locura me toma em fases,
Me transforma em potencial,
Sábio, introspectivo, sonhos capazes,
De fazer a loucura ser real.

Eu grito as minhas loucuras,
Bendito o louco por amor.,
Minha alma vive em ranhuras,
O meu pecado é ser um pintor....

Sou pintor das minhas fantasias,
Pinto meu coração em pratas e ouros.,
Carrego o amor e a alegria,
Meus dois tesouros.

Louco que sou,
Não abro mão dessa loucura.,
Se para amar meu coração se transformou,
Morrerei louco de amor sem frescura.

Nesta loucura que me faço,
O amor me faz voar feito pássaros,
Abro minhas gaiolas pelo espaço,
E solto meus medos tão raros.

A loucura e sanidade,
São caminhos paralelos.,
A loucura é uma realidade.
A sanidade fragelos...

Sou "porra louca" não ame importa,
Vivo a felicidade desta minha loucura sana,
Que não se atreve na loucura tem alma torta,
Não loucura o amor, então profana.

Meu amor é meu divã,
Minha saudade é minha certeza,
De me abrir nas lembranças a cada manhã,
E saber que a minha loucura é a minha nobreza.

Ah! Esta minha loucura real,
Que me faz ser um homem normal.,
Pois, quem nunca foi louco assim, igual,
Não passa de um vegetativo anormal.


PENSAMENTO N. 2.921

A loucura é própria da incerteza, tem sua beleza,
A loucura é parceira do absurdo.,
Quem busca na loucura uma certeza,
Por certo, não é cego, nem surdo e nem mudo.
(Sócrates Di Lima)



Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 03/07/2010
Reeditado em 14/08/2010
Código do texto: T2355382
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