Depois do fim

Olhe,

tudo acabou,

você abriu os olhos

e já não sabe o que foi sonho.

Teus sentidos ainda dormem,

triste flor de um cinza desbotado.

Hospedeiro incrédulo de um sentimento morto,

tantas marcas antigas

do que não era tão certo

e do que era preciso.

Era amor o teu vício

quando partias cego?

Acredite,

eu vi tudo isso...

Se fosse ao menos o brilho dos teus olhos tristes

a centelha invisível

do que arde tranquilo

em tudo que não existe...

eu só olhava as marcas

na pele fria...

de fora para dentro,

entre pedras e plantas.

Duvide sempre

de tudo isso.

Feche os olhos,

a vida anda em circulo...

só há cor nos olhos,

marcas antigas são artifícios.

Agora é que começa

o que só acaba depois do fim.

Dil Erick
Enviado por Dil Erick em 01/07/2010
Reeditado em 07/07/2010
Código do texto: T2351589
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