QUERER INÚTIL
Insone, errante
Vago na noite
Te busco nas sombras
Nos fantasmas da rua
Qua a lua projeta.
Sigo calando
O grito insistente da dor
Dou encontrões no nada
Machuco as mãos
No vazio da escuridão.
Vertendo lágrimas amargas
Me quedo ao solo
Da tua fria indiferença.
E como um naúfrago
Atinjo apenas a solidão
Do meu inútil querer.