Os Pés Diabólicos da Menina Escarlate
Meus olhos caídos não enxergam o mundo,
Mas, os seios palpitantes e as montanhas.
Não quero ser um homem decente e escondido.
Não preciso da vaidade ou da doçura interna.
Minhas fraquezas tendem às zombarias perversas
Minhas mãos tentam atirar pedras onde não deve.
Nunca fui um grande admirador da nova estética
Nem sei mais quando e onde vou querer morrer.
Maliciosamente rio dos corações apaixonados
Matando o meu lado egocêntrico, farinha apagada.
Nos dias ensolarados enrolo meus longos cabelos
Na nuca e saio com um vestido vermelho pelas estradas.
Músicos tendem a ter melodia: Sou rouco e quebrado.
Minhas pernas há anos pararam de caminhar.
No outonal e antigo desejo teu, encontro este Lírio
Nascísico: Poema empoeirado dos tempos só nossos.