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O Ponteiro enigmático na parede...
Me pergunto o que é real.
Meu tempo é um verme metafísico
corroendo com asco as horas.
Vinte e cinco dias de tragédia
e um segundo de ilusão.
Andando em ruas suspeitas,
adivinhando os próximos passos,
sem saber o que é verdade.
Me pergunto o que é real.
Diante de mim uma alma enlouquece...
Envolto em uma atmosfera desconfiada,
apertando mãos frias de faces inexpressíveis.
Sempre os mesmo rostos...
Sempre os mesmos sorrisos...
Sem saber o que é verdade,
atrás da mentira que salva.
Sob a luz amarela do quarto,
no espaço que não pode ser tocado,
vejo tudo e não vejo nada.
Meu tempo é uma fera sanguinária morrendo de sede.
Me pergunto o que é real.
O ponteiro enigmático na parede...?