Os seres
Tudo depende do que se defende
Do que se entende por se descrever
Tudo deriva do que se origina
Duro é ter a sina de não se entender
Tudo mais claro e se esquece o escondido
O que nem bem nutrido dá-se a perceber
Jura-se hoje e amanhã é incerto
O longe está perto e você não vê
Tudo é nada pra quem tem bastante
Pois, não obstante põe-se a se querer
Nulo é o seguro que se sente enquanto
Põe-se a alma em pranto a se contradizer
Tudo que o ser humano apregoa
Que fere e magoa para acontecer
A poesia ousada escancara
Encanta e desmascara o ser ou não ser
Quanto precisa será mais complexa
Louca e desconexa a essência do ser
Por isso a indefinição constante
A incessante procura por quem ou o quê