Minha vida foi...

Minha vida foi

Doces loucuras

Já não há ruídos

Bebia o próprio sangue

Sobre que sangue caminhar?

Em meus próprios olhos

Delírios grotescos

Revolução de costumes

Escrevia as noites

Anotava as vertigens

Ciências, paciência

Aparências de áspera realidade

A moral

A fraqueza do cérebro

Dilacerante infortúnio!

Só hoje torno a encontrar-me.

Existirei enquanto houver diversão

Contra as aparências do mundo

Bastam as palavras.