E eu assim,
no momento certo,
num sem-tempo,
esqueço de mim.
Fecho os olhos
relaxo os ombros
e, cheia de espanto,
eu o vejo aqui.
Ah... e sem distância,
barreiras quebradas,
esqueço a vacância.
O seu ser é tão presente
que me torno sua amada
porque tudo em você eu amo
e com você bailo... danço...
quando seu nome chamo.
E é tal o meu assombro,
tão doce é esse encanto
(com você assim bem perto)
que - só por um instante -
o meu amor flui liberto:
sou mulher e sou rainha
pois, mesmo assim sozinha,
eu me faço sua amante!
Silvia Regina Costa Lima
29 de maio de 2010