DUELO
No breve instante
Frio e calmo
Tremendo, eu me escondo
Por mil vezes me desfaço
Juntamente com o vento
Que dissipa o sentimento
Beirando o mar
Perpasso o ocaso
Sem desejar
Penso no nada...
O ontem é tão vasto
O amanhã me aprecia
Perdi o mísero duelo
Para a minha calmaria!
A doce companhia
Sem ser sina
Escolhida...
Por mim, como eu quis
As lágrimas... deixei
Naquele vidro de perfume
Veneno/ ciúme
Não destampe a minha dor
Deixe o cheiro do pecado
Trancado no quarto escuro
O que antes era sonho
É feito em muro...
Não viole a paz dos mortos
Não explique o absurdo
Viva-se apenas o segundo
Brando e mudo.