O LADO QUE NINGUÉM VÊ
Ninguém vê minha raiva,
Nem o meu sofrimento.
Ninguém vê as minhas lágrimas,
Nem minhas angústias.
Ninguém vê meus sonhos desmoronados,
Nem a esperança que tive ser enfiada num buraco.
Ninguém vê o fim dos meus sonhos,
Ou o esvair-se da expectativa de um amanhã melhor.
Ninguém me vê na medida exata!
Ninguém quer o que sou, mas só o que aparento.
Ninguém vê onde sou boa de verdade,
E muito menos aquilo em que ainda tropeço.
Ninguém vê a minha alma,
Nem os meus pensamentos,
Nem a minha agonia,
Muito menos a minha vontade de fugir.
Sou ninguém,
pois ninguém me ama como sou.