VIAGEM INTERIOR
(OU LOUCURA?)

 


Eu descobri-me assim.

Esta incógnita presente

No dia a dia de meus dias.

Um misto de bondade e ternura

De raiva e amargura

De tristeza e alegrias...

Dias há em que não me sinto

Em outros – eu só minto!

Conto mentiras p’ra mim mesma,

Fingindo felicidade

E a ânsia que me corrói

Nada tem de suavidade.

Pelo contrário, esta freima,

Uma estranha ansiedade

Que aqui dentro me queima.

Não lutei por minhas conquistas

Sou um tanto pessimista

E de fácil desistência

Não tenho persistência

- Acho que sou egoísta!

Gosto mais de que me amem

Do que eu gosto de amar

Eu sempre amei... Sem me dar!

Desprezo as oportunidades

Depois eu choro – de verdade.

Gosto de estar só comigo

No silêncio que me empresto

Não divido o meu abrigo

- Eu acho que não presto!

Hoje sou fera ferida

Amanhã - sou eu quem firo -

E depois eu me atiro

Aos braços de qualquer um

Que me mate este jejum

Sem nada pedir

Sem falar.

Sem me argüir

Ou contestar...

Será que sou bipolar?




 
Foi uma dificuldade publicar
este texto hoje.
Não consigo acessar
nenhuma escrivaninha.
Alô, RECANTO!
Arruma o site, por favor!

(Milla)