MARASMO
Meses dias horas sem memória
Num canto do quarto jornais antigos
De dias que trazem manchetes de hoje.
No rádio noticias novas
Contextos antigos
Em um vai e vem sem chegar ou partir.
No intimo apenas intimidação
Ações sem reações de quem não pode
Mesmo do mesmo.
Da janela uma luz que incomoda
Não muda a moda
Se mudasse mudaria para não mudar o que passa.
Passa devagar para algum lugar
Carros ou carroças
Tudo se coloca além do algo mais
Que não é mais.
Um copo um trago
Café eu trago
Para meu dia a dia.
Um toque que me toca toque que me quer um toque
No telefone ela que me espera trazendo um estímulo
Para o meu Marasmo.