PARADIGMA
Pés descalços na calçada
Que estava enlameada
Da angústia que nos corrói.
O combustível do nada
O vazio que nos enfada
A imagem que nos destrói.
É isso que somos? Nada
É que isso dizem ser? Algo
Como ficaremos? Assim
Essa sobrevida nos apaga!
Triste pura que transforma em trapos
Corrói, destrói sem pudor,
A sofrida e sem vida criatura.
Altos na simbiose social
Vista do alto emplacado
Com a infame das criaturas
Presas a sua próprias luxurias.