Órbitas frias
 
Em órbitas frias,
silenciosas, vazias,
vagam estrelas,
velhos sóis.
 
Criaturas voadoras,
rompem os céus,
os lacres, os véus,
num triste contraste,
com os seres abissais.
 
Na velocidade da luz,
nasce a poesia.
Mudas, frias,
desanuviantes madrigais.
 
A triste criatura,
sem a luz que procura,
muda, gelada,
perde a alegria.
 
Simplesmente,
morre a poesia.
 

Oswaldo Genofre

(Imagem Google)
Oswaldo Genofre
Enviado por Oswaldo Genofre em 27/04/2010
Código do texto: T2223335
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