Louco da estrada
Louco da estrada
Marcos Moreno / Ibtinga
Cantava o pneu e saía em disparada
Ia voando baixo pela estrada
Há quase duzentos por hora
Sempre que brigava com a namorada
Não pensava em mais nada
Só queria botar sua ira pra fora
Louco da estrada assim era conhecido
Pois lhe deram esse apelido
De tanto que ele corria
Nem a Rodoviária o louco respeitava
Que nem um foguete por ela passava
E lá na frente depois ele ria
Até os caminhoneiros estavam dizendo
Logo esse cara vai acabar morrendo
Ele não pode correr tanto assim
A sua família não saía da igreja
Pedindo aos céus, pois tinham a certeza
Que muito breve chegaria o seu fim
A vida é um bem precioso demais
Mas para alguns tanto fez tanto faz
Parece que vivem fazendo um favor
O louco da estrada costumava dizer
Cedo ou tarde sei que vou morrer
Então que seja do jeito que for
Num domingo tudo calmo e tranqüilo
Ouviu-se um barulho, o que seria aquilo
Era o povo trazendo a notícia
O louco da estrada sofreu um acidente
Numa carreta bateu bem de frente
Não sobrou nada contou a polícia.!
Louco da estrada
Marcos Moreno / Ibitinga