Louco da estrada

Louco da estrada

Marcos Moreno / Ibtinga

Cantava o pneu e saía em disparada

Ia voando baixo pela estrada

Há quase duzentos por hora

Sempre que brigava com a namorada

Não pensava em mais nada

Só queria botar sua ira pra fora

Louco da estrada assim era conhecido

Pois lhe deram esse apelido

De tanto que ele corria

Nem a Rodoviária o louco respeitava

Que nem um foguete por ela passava

E lá na frente depois ele ria

Até os caminhoneiros estavam dizendo

Logo esse cara vai acabar morrendo

Ele não pode correr tanto assim

A sua família não saía da igreja

Pedindo aos céus, pois tinham a certeza

Que muito breve chegaria o seu fim

A vida é um bem precioso demais

Mas para alguns tanto fez tanto faz

Parece que vivem fazendo um favor

O louco da estrada costumava dizer

Cedo ou tarde sei que vou morrer

Então que seja do jeito que for

Num domingo tudo calmo e tranqüilo

Ouviu-se um barulho, o que seria aquilo

Era o povo trazendo a notícia

O louco da estrada sofreu um acidente

Numa carreta bateu bem de frente

Não sobrou nada contou a polícia.!

Louco da estrada

Marcos Moreno / Ibitinga

Marcos Moreno Ibitinga
Enviado por Marcos Moreno Ibitinga em 27/04/2010
Código do texto: T2223311
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