sempre,sempre!
Tudo tão igual,
Tudo tão abstrato,
Tão frágil,incerto.
Sempre degustando o vento;
Sempre duelando com a morte;
[Sempre querendo que algo de novo surja dessa reclusão doente].
Sempre,sempre!
Sempre fingindo ser rato ,
Fazendo gênero,
Para não ter vergonha
de ter medo e me esconder;
Sempre dizendo ser, o que acham que sou.
Sempre,sempre!
Andando abaixo da sociedade,
Sua pose e lucidez;
Tudo nauseante e dementemente normal.
Sempre em busca do obliquo, do obtuso,
Da felicidade a qualquer custo,
Sempre tudo tão igual.
Sempre,sempre!
Sempre problemas famintos por soluções,
Sempre tantos nãos enamorados dos sim’s,
Sempre tudo tedioso e fulgaz.
Sempre, sempre!
Mas nada parou,nem saiu do lugar .
Mesmo, sendo tudo tão escabroso assim.
Sempre girando em torno de um ´´mim´´,
Sempre,sempre!