Artematéria.

Uma talha vazia

De dor e também sem amor

Perdia-se na visão do nada

Porque o nada era a emoção.

Fundo bobo, sem fundo

Escuro, não tinha olhar profundo

Mas, dominava cena, por que?

Talvez, prendesse o sonho do sonhador.

Nem um ponto passivo

O que poderia existir sem atenção?

Já era um túnel de dois sentidos

Deixando o pensamento em vão.

Porem a talha fosse concepção

Onde uma dimensão corria sem comparação

O poeta estava imóvel e de pé

Cabeça baixa, seus olhos duros, a procurar...

E então o fim chegou as barras da realidade

Acordando literalmente o poeta,

Ele declamou em praça pública

Que poesia igual a essa, nunca viu.

Condor Azul
Enviado por Condor Azul em 19/08/2006
Reeditado em 17/03/2007
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