Artematéria.
Uma talha vazia
De dor e também sem amor
Perdia-se na visão do nada
Porque o nada era a emoção.
Fundo bobo, sem fundo
Escuro, não tinha olhar profundo
Mas, dominava cena, por que?
Talvez, prendesse o sonho do sonhador.
Nem um ponto passivo
O que poderia existir sem atenção?
Já era um túnel de dois sentidos
Deixando o pensamento em vão.
Porem a talha fosse concepção
Onde uma dimensão corria sem comparação
O poeta estava imóvel e de pé
Cabeça baixa, seus olhos duros, a procurar...
E então o fim chegou as barras da realidade
Acordando literalmente o poeta,
Ele declamou em praça pública
Que poesia igual a essa, nunca viu.