de nada
fundo falso
poço sem fundo
amigos
escuros
sem rosto
multidão de espinhos a tornar minha carne
presente me entrego em tributo
aos que não se sabe o nome
sinto dessa tua fome
me corre
percorre quente fonte
de loucura interna externa
eterna procura
me acho e me sinto sem cura
diante de ti, teus olhos
tudo se mistura
e sinto teu hálito em tremenda quentura
gestos bizarros
coisas sem sentido
meu país as escuras em um apagão mental
princípio da fúria
que habita cada ser quando se torna
previsível reações que em cadeia
encarcerram o meu olfato
e cruzes roubam-me a paz me tornando robô de um sistema
corrupto e incabível
ilgível meu nome se torna
meus sonhos me apavoram
e dizem te entrego pronto
então comas e se farta
dos teus próprios anseios