de nada

fundo falso

poço sem fundo

amigos

escuros

sem rosto

multidão de espinhos a tornar minha carne

presente me entrego em tributo

aos que não se sabe o nome

sinto dessa tua fome

me corre

percorre quente fonte

de loucura interna externa

eterna procura

me acho e me sinto sem cura

diante de ti, teus olhos

tudo se mistura

e sinto teu hálito em tremenda quentura

gestos bizarros

coisas sem sentido

meu país as escuras em um apagão mental

princípio da fúria

que habita cada ser quando se torna

previsível reações que em cadeia

encarcerram o meu olfato

e cruzes roubam-me a paz me tornando robô de um sistema

corrupto e incabível

ilgível meu nome se torna

meus sonhos me apavoram

e dizem te entrego pronto

então comas e se farta

dos teus próprios anseios

Gammy
Enviado por Gammy em 12/04/2010
Reeditado em 12/04/2010
Código do texto: T2192922