Suave delírio
Por você dona da minha doce amargura,
do meu prazeroso martírio,
da minha doença chamada amor que é sem cura,
do meu suave delírio;
vive o meu coração num intenso drama,
cheio de sensações cada vez mais estranhas;
da febre do amor delirante na chama,
cheio de segredos,suas artimanhas:
vejo,ouço;cego e surdo;pela sua voz me guio
à sua imagem cada vez mais distante,
e então choro e rio:
tendo ao menos sua imagem que já é o bastante...
Porém sinto seu perfume e me aumenta a ânsia
que cada vez mais pra você me impele;
beijo-lhe,como se não houvesse entre nós distância;
deliro no desejo de tocar sua pele...
De repente,tenho o pressentimento
que mesmo à distância lhe tocar eu pude;
mas é só,e tão somente por um momento,
logo percebo que é a febre do delírio que me ilude...