Ciúme, forte como o amor, mas totalmente desnecessário!

Não é o ciúme que mata e nem tampouco a desconfiança,

Não morremos por amor mal correspondido e nem mesmo por um grande amor,

Não morremos quando traídos, quando humilhados, quando ofendidos...

Morremos! (se assim posso dizer)

Pela mistura incessante de sentimentos;

Pela cólera de pensamentos, pelo peso de arrependimentos,

Definhamos vagarosamente pelo receio do que não sabemos,

Pelo escuro que não vemos.

Vivemos entre a cruz e a espada, entre o amor e o ódio;

Entre o dizer que amamos e sentir que nada sentimos...

Perdemos! O tempo passa e não vivemos!

Morremos!

Quando o ciúme é tão forte que sentimos o cheiro da morte!

Quando cometemos um deslize rebelde,

Quando se faz impossível recuar no tempo;

Retroceder o desentendimento.

Quando não somos notados;

Quando não conseguimos dividir aquilo que nos pertence,

Aquilo ou “aquele” que jamais poderemos ter;

Quando nos invade o sentimento de possessão;

Matamos...embora não seja o desejo...

Morremos...quando ainda nos resta tempo!

Ciúmes!

Presente contradição no mais belo dos sentimentos.

Morte e vida!

Forte como o amor, mas totalmente desnecessário!