RELATIVIDADE

De Zurique

Um fóton eletron propositivo

Viaja pelo universo

Em velocidade constante

E independe do observador

Em 1919, no Ceará!

Sobral assiste ao eclipse solar

E um sertanejo observa

As velhas e longas curvaturas da luz

Dançando nas costelas lunar

Partículas indeléveis e indivisíveis

Jamais vistas a olho nu

Guardam imensa carga energética

No núcleo nuclear

Manipuladas e orientadas sobre determinada tecnologia

Impulsionadas, se desdobram

De urânio até bário e plutônio

Uma instabilidade consentida

E das imensas asas da águia se desprendem,

equidistantes,

Duas enormes bolas de fogo!

Duas cidades perdidas

Hiroshina e Nagasaki

Quatro lágrimas descidas nas faces do professor!

Ze de Guedes
Enviado por Ze de Guedes em 25/03/2010
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