RELATIVIDADE
De Zurique
Um fóton eletron propositivo
Viaja pelo universo
Em velocidade constante
E independe do observador
Em 1919, no Ceará!
Sobral assiste ao eclipse solar
E um sertanejo observa
As velhas e longas curvaturas da luz
Dançando nas costelas lunar
Partículas indeléveis e indivisíveis
Jamais vistas a olho nu
Guardam imensa carga energética
No núcleo nuclear
Manipuladas e orientadas sobre determinada tecnologia
Impulsionadas, se desdobram
De urânio até bário e plutônio
Uma instabilidade consentida
E das imensas asas da águia se desprendem,
equidistantes,
Duas enormes bolas de fogo!
Duas cidades perdidas
Hiroshina e Nagasaki
Quatro lágrimas descidas nas faces do professor!