COITO ENTRE RIOS
COITO ENTRE RIOS
O encontro derradeiro entre a terra e o cacto
tão secretas, aqui percebem elas
o outono da morte:
À hora em que estão
os lábios que trincaram o hálito
e os olhos em ruínas
quando vêem os reinos calarem-se e
juntos tateiam a praia
e no
agitado coito com os rios que
beijam o redemoinho
que nos olhos aparece
a rosa da esperança.
As horas vão passando
Vão passando,
Vai passando vai passando...
Ate o dia clarear.
Contamino-me com a musica,
seu vírus mortal
leva-me ao clímax.
Eu me contamino com a voz
Rouca porem foraz.
Os olhos não estão aqui
Neste vale em ruínas
os reinos calam-se e
juntos tateiam a praia
e no
agito do rio
beijo o redemoinho
que nos olhos aparece
a rosa da esperança.
Entre o movimento
agourento
a bomba assombra.
Da concepção
inata
vem a ação.
Bomba que assombra
o destempero,
a penitência e
a fragrância.
Bomba que alcança
meu eu
e seu breu.
Aspira fundo
o tal
toda a explosão do mundo.