A cor do nosso encontro
Era dia nem lembro
A hora pouco importa
De dentro daquela porta
Saia minha alma vazia
Entrava meu corpo coberto
Por definições suas
Minhas mãos desenhavam estranhas figuras
Ditadas por sua imensa loucura
Éramos bizarros escravos da vontade atrevida
Num emocionante encontro dentro da vida
A cor indefinida era a música
A orquestra invisível tocava
Cada aplauso era a certeza
De que a platéia gostava
Paredes, janelas, multidões
Passavam diante da exposição
Nem olhávamos apressados
Em saciar desejos esgotados
Pelo tempo perdido na ilusão
Cada gesto pintava uma cor
De um lado da estrada que ria
Do épico que escrevíamos
Na imensa tela de um dia.