MANIA OU EMPATIA?!
Neste jeito meio estranho
Irrequieto e tão medonho
Confesso que não contenho
Esta mania que tenho
Se eu leio o teu poema
E acendo a luz do tema
Entro logo num dilema
Sai dentro das entranhas...
Palavras que me assanham
Pedindo pra ir ao teu encontro
Sentindo uma fome insana
Que bole tudo em reboliço
Como se fosse uma espécie de feitiço
Exigindo ir à tua alma num esboço
Degustando cada um dos teus versos
Fico ousado! Destemido... Inconseqüente
O que vale é estar aí presente
Bebendo da tua cristalina fonte
Para saciar esta minha sede
A tentar eclodir todas as paredes
Que nos unem e nos separam
Pelos neurais emaranhados da rede
Nos mais belos e puros sentimentos
E isso se dá no 'insight' de um instante
Veloz, intrépido e fugaz ao mesmo tempo
Para gerar e fecundar novo filhote de dueto
Assim desalojo cada uma das inércias
Escondidas, preguiçosas e adormecidas
Portanto... Poeta! Não me leve a mal...
Por apenas escorrer a pena sem lamentos
De semear e lançar ao lépido vento
O que me pareceu genial e etc. e tal
Hildebrando Menezes