MANIA OU EMPATIA?!

Neste jeito meio estranho

Irrequieto e tão medonho

Confesso que não contenho

Esta mania que tenho

Se eu leio o teu poema

E acendo a luz do tema

Entro logo num dilema

Sai dentro das entranhas...

Palavras que me assanham

Pedindo pra ir ao teu encontro

Sentindo uma fome insana

Que bole tudo em reboliço

Como se fosse uma espécie de feitiço

Exigindo ir à tua alma num esboço

Degustando cada um dos teus versos

Fico ousado! Destemido... Inconseqüente

O que vale é estar aí presente

Bebendo da tua cristalina fonte

Para saciar esta minha sede

A tentar eclodir todas as paredes

Que nos unem e nos separam

Pelos neurais emaranhados da rede

Nos mais belos e puros sentimentos

E isso se dá no 'insight' de um instante

Veloz, intrépido e fugaz ao mesmo tempo

Para gerar e fecundar novo filhote de dueto

Assim desalojo cada uma das inércias

Escondidas, preguiçosas e adormecidas

Portanto... Poeta! Não me leve a mal...

Por apenas escorrer a pena sem lamentos

De semear e lançar ao lépido vento

O que me pareceu genial e etc. e tal

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 18/03/2010
Reeditado em 18/03/2010
Código do texto: T2145574