PRISMA
Há no segundo passante,
Liberdade.
No corpo fatigado
no final do dia,
a opulência branda da paz.
Há no segundo passante,
Pássaros
[que voam livres]
sob um azul celeste.
Passos,
Que passam
No asfalto cicatrizado de remendas.
A retina que fita
Em fé
o firmamento,
reluzente.
O feixe ultravioleta
Que no prisma
não é mais
solitária luz,
Afugenta minha solitude mental.
Reflete suas cores,
exuberantes cores.
Até quando a luz que inspira - luz essa que é a inspiração-
Refletirá no prisma
A faculdade de cada cor?
Contagiantes cores,
Contingentes porém na minha alma.
Mas o brilho ultravioleta é eterno,
E alimenta.
No coração,
Ter certeza de vencer.
Na cabeça,
Uma mente forte
Mesmo no corpo enfermo.
Palavras,
grafite a rabiscá-las.