Sonho

Rio de Janeiro, 17 de fevereiro de 2010

Estranhos sonhos nesta vida

A beleza do nada

A estranheza de tudo

O encontro sem marca na estrada

E a delicada aspereza

Da vida em um turno

Sem rumo

Plena naquele segundo

Um quase nada

Mas acolhido e profundo

Solene na caminhada

Ao abismo desconhecido do mundo

E ali

Quase feroz

Acordei um menino

Quase herói

Das falácias do destino

E a graça do albatroz

Sem ninho

Que não padeceu

Nem amoleceu

Ao meu carinho

Sossegou por uma noite

Meu coração de espinhos

E

No conforto irreal

Desta vida fugidia e breve

Vagueio devaneios

Derreto a neve

E sonho

A noite

A vida

A alma

Em desalinho

Katharina Vaz
Enviado por Katharina Vaz em 07/03/2010
Código do texto: T2124414
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.