AVESSOS E VERSOS
A rua, a lua de sua imaginação
É o sol do universo em minha visão
O sonho da palma, na alma que ponho
Na sombra sem réstia
Quem fere é a moléstia
Do cão na rua do abandono
Um filho no trilho perdido do mundo
Iludido com a água das asas de chuvas
Que banham as altas montanhas
fprmando cascatas
São formas de mágoa, de ódio,
de tédio no número exato
Do prédio na estrada da veia de um coração
São apenas águas que correm para o mar
Em ondas invisíveis, ingênuas dos lagos
Barganhas imundas poluem o ar
Como o suco da fruta que bebo
e me mata no ato
Da corja que leva a sujeira do leito
para o cais, formando um caos
Deixando bêbados pobres na calçada
de uma vida sem sono
Entre rasos e fundos vasos
e largos, tão largos e estreitos
tirados por eitos avessos e versos alados
Como morrer de sede no leito dos rios
e sem ar no meio das matas.