AVESSOS E VERSOS

A rua, a lua de sua imaginação

É o sol do universo em minha visão

O sonho da palma, na alma que ponho

Na sombra sem réstia

Quem fere é a moléstia

Do cão na rua do abandono

Um filho no trilho perdido do mundo

Iludido com a água das asas de chuvas

Que banham as altas montanhas

fprmando cascatas

São formas de mágoa, de ódio,

de tédio no número exato

Do prédio na estrada da veia de um coração

São apenas águas que correm para o mar

Em ondas invisíveis, ingênuas dos lagos

Barganhas imundas poluem o ar

Como o suco da fruta que bebo

e me mata no ato

Da corja que leva a sujeira do leito

para o cais, formando um caos

Deixando bêbados pobres na calçada

de uma vida sem sono

Entre rasos e fundos vasos

e largos, tão largos e estreitos

tirados por eitos avessos e versos alados

Como morrer de sede no leito dos rios

e sem ar no meio das matas.

Luís Pereira
Enviado por Luís Pereira em 03/03/2010
Código do texto: T2117322