À Frente de Todas as Coisas

Eu faço da vida o que quero

Com meu jeito sincero sigo

Não tomo por castigo viver

Aprisionado num quarto sujo

Com bilhões de ratos imundos

Neste lugar que chamam de mundo

Que eu chamo de inferno

E pra desgraçar de vez dizem que é eterno

A vida miserável disfarçada por confetes

Varre-se a sujeira pra debaixo dos tapetes

Ah! Mas feito a mosca que sobre feses procura o açúcar

Procuro pequenas porções de felicidade

Na pior das esferas: a terra

Procuro sutis demonstrações de amor

No pior dos seres: o humano

Na melhor das hipóteses pagamos

Olho por olho! Dente por dente!

Mas pelo menos às vezes

Colocamos o amor à frente de todas as coisas...

Guilherme Sodré
Enviado por Guilherme Sodré em 01/03/2010
Código do texto: T2113996