À Frente de Todas as Coisas
Eu faço da vida o que quero
Com meu jeito sincero sigo
Não tomo por castigo viver
Aprisionado num quarto sujo
Com bilhões de ratos imundos
Neste lugar que chamam de mundo
Que eu chamo de inferno
E pra desgraçar de vez dizem que é eterno
A vida miserável disfarçada por confetes
Varre-se a sujeira pra debaixo dos tapetes
Ah! Mas feito a mosca que sobre feses procura o açúcar
Procuro pequenas porções de felicidade
Na pior das esferas: a terra
Procuro sutis demonstrações de amor
No pior dos seres: o humano
Na melhor das hipóteses pagamos
Olho por olho! Dente por dente!
Mas pelo menos às vezes
Colocamos o amor à frente de todas as coisas...