PEDESTAL DO MAL

Sempre coloquei a mulher

Dando-lhe queijo e toalha

Faca, garfo e colher

Não precisava ser 'Amélia'

Para mim é a mais bela

E perguntava: Será cinderela?

Nem tinha que usar avental

Bastava só ser mulher

Aí você veio... Como tal...

Verdadeiro anjo do mal

Armou a sua teia e se insinuou

Quis me provar pelo qual

Que o amor se dá entre iguais

Como se fosse algo genial

De absolutismo total e normal

Parecia ser algo excepcional...

Aí bagunçou meu coreto

E o que parecia perfeito

Fez-me rever os conceitos

Por que se fosse correto...

Do jeitinho que eu mais gosto

Não podia ser só sexo

Por ser algo mais complexo

Tinha que ter cheiro de amor

Para receber meu melhor valor...

Havia que demonstrar candura

Mas não consegui ver ternura

Está muito mais pra loucura

Sandice, bobice, libertinagem

Desculpa, mas ficou essa imagem

Talvez numa outra roupagem...

Onde se percebe naturalidade

Sem tanto exibicionismo

Eu possa ver algum lirismo

E não apenas tipo e modismo

Afinal, não estamos em praia de nudismo

Por que amar de verdade...

Requer carinho e simplicidade!

Fogo selvagem da vontade

Por si só! Não trás felicidade.

Tem cheiro e hálito de perversidade!

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 26/02/2010
Reeditado em 26/02/2010
Código do texto: T2108665